
Festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José
28-12-2025
Um Santo e Feliz Natal 2025!
28-12-2025A família é a instituição mais importante para todos nós. Ninguém pode existir sem família, e dela depende a nossa realização pessoal.
Entretanto, nos nossos dias, ela sofre um enorme ataque a ponto de se falar que já não existe a família, mas vários tipos de família.
Até aqui, a família era constituída por marido e mulher, por pais e filhos. Hoje, já se considera como família ele e ele, ela e ela ou um dos dois com um filho adoptado. Inclusive, é cada vez mais frequente encontrarmos jovens a juntarem-se, sem sentirem a necessidade de qualquer laço jurídico e institucional, para se constituírem como um novo lar, como uma nova família. Se der certo, óptimo, senão, cada um volta ao ponto de partida ou repete indefinidamente a mesma situação com outra pessoa. Eis porque, já encontrei várias pessoas que iam na quarta experiência. O famoso Vinicius de Moraes, que se saiba, fê-lo nove vezes.
Claro, que isto deixa consequências e cria vítimas. Não será em vão que uma pessoa joga com a vida e a intimidade de uma outra. Também não poderemos esquecer o enorme e inimaginável prejuízo que este comportamento provoca, de uma forma injusta e muitas vezes irreparável, naqueles que não têm culpa, que não podem defender-se – os filhos.
Como será profundamente doloroso para uma criança ver os seus pais a discutirem, a agredirem-se frequentemente, e por fim, a divorciarem-se…
Nascido da união destes, tantas vezes realizada de uma forma irresponsável, a criança cresce ou devia crescer sobre a rocha desta relação. Por isso, a separação dos seus pais, realizada de uma forma legalizada ou não, é um verdadeiro desastre. Uma criança dizia ao psicólogo: “Eu sou divorciado”.
Uma criança não recebe o amor dos seus pais de uma forma apenas directa e individual, mas também indirecta e partilhada. Por isso, dizia um articulista que “os pais separam-se e as crianças apanham com as consequências.”
Não será fácil para uma criança ver um outro homem no lugar do seu pai, à mesa de casa, ou a dormir com a sua mãe. E será fácil a um ou a outro verem-se aceites pela criança?
Muitas vezes, os meios de comunicação social, como uma enorme fonte de pressão, apresentam-nos as famílias recompostas ou homossexuais como sendo a coisa mais normal, mais feliz e mais sedutora. Mas quantos dramas não escondem? E eu pergunto a quem me 1ê se, verdadeiramente, admitiria ter como pais dois homens ou duas mulheres? Pergunto se aqueles que facilmente casam e descasam já pensaram que, quando recompõem a vida vão descompor outra? E quem fica a olhar para quem parte para outra, como se sentirá sozinho? Que pensará ao imaginar que o outro está sentado no seu lugar, à mesa? Quantas desgraças não vêm daqui? – Depressões, suicídio, alcoolismo, perda de emprego, marginalidade, etc?…
A história é sempre contada do ponto de vista dos vencedores. Mas os vencidos também são gente, com direito a serem felizes. Eis porque, para todos os vencidos e vencedores, eu gostaria de falar do que a Igreja pensa e propõe sobre a família, tendo em conta o exemplo da Sagrada Família de Nazaré, onde o Menino “crescia em idade, sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens”. Mas, infelizmente, poucos lhe dão crédito.



