Reflita Comigo – Festa da Apresentação do Senhor

Hoje festejamos a luz. A luz é um mistério. Os próprios físicos, procurando explicá-la, reconhecem que ela constitui um segredo escondido no coração da natureza. A luz será corpúsculos de matéria ou ondas que se deslocam? Talvez as duas coisas ao mesmo tempo e a uma velocidade vertiginosa, que dizem ser de 300 mil quilómetros por segundo. Ela não se vê, mas faz ver.

Inclusive, será perigoso olhá-la de frente sem tomar precauções, como acontece a quem quer olhar o sol. Na obscuridade, os seres e as coisas continuam a existir sem a luz, mas para o nosso olhar é como se não existissem. Para além disso, como o sentimos do sol ou dos nossos candeeiros, a luz é acompanhada de calor, e de tal forma, que pode provocar incêndio. Por outro lado, a luz anda ligada à vida. Em qualquer sítio, se pomos uma planta às escuras, se isolarmos um homem dentro de um compartimento escuro e durante certo tempo, o resultado é a morte. Mais, a luz é a vida. As trevas, o negrume são a morte. Por isso, perguntamos: – A luz será alguém? Sim, a luz é Deus porque Ele é o amor que brilha, separando e eliminando o domínio das trevas. Assim o verificamos pelo que foi a sua obra da criação e a obra da redenção, operada por Jesus que, como Luz, veio arrancar os homens da sua ignorância a respeito de Deus, do poder das trevas, do poder do mal, que se faz sentir nos olhos e sobretudo no coração.

A luz comunica-se pelo brilho que a acompanha. Por isso, todo o que neste mundo se deixa invadir por Aquele que é a Luz, é também invadido pelo seu brilho. E isso sente-se, vê-se. Perante a Luz uns alegram-se, outros têm medo e assumem até uma atitude de recusa, porque a Luz desmascara os que nas trevas semeiam o mal. Por isso compreendemos porque tentaram abafar o brilho de Jesus, que é a Luz. Também compreendemos que, ainda hoje, todos aqueles que, possuídos por Deus, procuram irradiar o brilho da verdadeira vida, incomodem os que preferem viver instalados no sono das trevas ou que, a coberto delas, desenvolvem os seus inconfessáveis interesses.

Luz e trevas – eis um combate que marca o ritmo de toda a Criação, até que, definitivamente, se implante a Luz do Dia.